Alfredo da Rocha Vianna, flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente. Nasceu no dia 23/4/1897, Rio de Janeiro, RJ, e morreu no dia 17/2/1973 na mesma cidade.
Há uma controvérsia em torno de seu verdadeiro nome. Na certidão de batismo, consta apenas o nome de Alfredo. Já na certidão de nascimento, consta o mesmo nome de seu pai, Alfredo da Rocha Vianna. De acordo com o livro Filho de Ogum Bexiguento, "alguns documentos particulares (recibos, carteirinhas de clube, jornais) registram-no como Alfredo da Rocha Vianna Filho. Já a certidão de óbito, além de diversos jornais, falam de Alfredo da Rocha Vianna Júnior." Mas ao que parece, Pixinguinha não se importava muito com isso. Uma outra controvérsia se deu por volta de seu septuagésimo aniversário, quando seu amigo Jacob do Bandolim lhe contou que obtivera na Igreja de Santana a certidão de batismo do compositor, que indicava a data correta de seu nascimento: 23 de abril de 1897, ou seja, um ano antes da data que Pixinguinha pensava ter nascido: 23 de abril de 1898. Quando este soube do fato, pediu a Jacob que não comentasse com ninguém, porque seria frustrante para muita gente saber que todas aquelas comemorações (das quais participaram célebres políticos e alguns dos maiores nomes da MPB) não tinham razão de ser, uma vez que o 70º aniversário ocorrera um ano antes. Pixinguinha detestava confusão".
Filho de Raimunda Maria da Conceição e Alfredo da Rocha Vianna, Pixinguinha tinha treze irmãos, sendo quatro do primeiro casamento de sua mãe. Sua infância se deu num casarão de oito quartos no bairro do Catumbi, onde morava toda a sua família, e ainda no porão, tinha espaço para hóspedes amigos da família como Sinhô, Bonfiglio de Oliveira, Irineu de Almeida, entre outros. Por isso, o casarão ficou conhecido como "Pensão Viana".
Pixinguinha era conhecido como "Pizindin" (menino bom) apelido dado por sua avó Edwiges, que era africana. Três de suas irmãs afirmaram, certa vez, em um depoimento, que quem deu esse apelido a Pixinguinha foi uma prima, Eurídice, e que a família acabou transformando "Pizindin" em "Pizinguim" (que segundo Almirante significa pequeno bobo em dialeto africano). De acordo com o depoimento do próprio compositor para o MIS, o apelido "Pixinguinha" surgiu da fusão do apelido "Pizindin" com o de "Bexiguinha", herdado ao contrair "Bexiga" (varíola) na época da epidemia, que deixou marcas em seu rosto.
Seus estudos curriculares começaram com o professor Bernardes, na base da palmatória. Passou depois para o Liceu Santa Teresa, onde teve Vicente Celestino como colega, e posteriormente para o Mosteiro de São Bento, onde futuramente também estudaria o compositor Noel Rosa. Mas o negócio de Pixinguinha era a música, e não a escola. Então, um tempo depois, ele largou o Mosteiro com apoio da família para se profissionalizar.
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